Enquanto nossos amigos seguiram para El Chaltén, nós permanecemos em El Calafate para fazer o mini trecking no glaciar Perito Moreno.
Retornamos ao Parque Nacional Los Glaciares e, num barco menor, seguimos até o lado esquerdo do glaciar.
Lá, recebemos todas as orientações dos guias e fomos calçar os grampones, uma espécie de sola de sapato metálica com pontas que penetram no gelo para podermos caminhar sobre ele sem escorregar.
O uso de luvas também é obrigatório pois, em caso de queda, o gelo é muito áspero e pode provocar arranhões e queimaduras.
A dica é levar suas próprias luvas e, de preferência, impermeáveis. A infraestrutura do passeio disponibiliza elas sem custo, mas, normalmente, estão úmidas e cheirando mal.
A caminhada leva aproximadamente 1 hora e 30 minutos por trilhas definidas dentro do glaciar.
São subidas e descidas, passagens dentro de fendas e paradas para tirar fotos e escutar as informações repassadas pelos guias acerca das histórias e curiosidades do glaciar.
Os guias acompanham as pessoas por todo o percurso e não deixam você se desviar da rota, pois existe risco de cair e se machucar em fendas existentes no gelo.
No fim do trecking, chegamos em um local onde já está preparada uma bancada com copos, champagne, whisky e um pão coberto com açúcar e recheado de frutas cristalizadas, parecido com um panetone.
Ali, os guias pegam uma bacia e raspam ela na parede da geleira para recolher um pouco de gelo do próprio glaciar e, em seguida, enchem os copos com ele.
Providenciado o gelo para a bebida, é servido, para quem quiser, o champagne e whisky junto com o pão.
Podemos dizer que degustamos um whisky de 8 anos com gelo de 400 anos.
Terminada a brincadeira, assim que o barco aportou de volta na margem do lago, pegamos o carro e seguimos direto para El Chaltén, onde o resto do grupo já se encontrava.
Na estrada, a posição do sol ajudou a realçar as paisagens até chegarmos ao nosso destino.
O Cerro Fitz Roy estava coberto de neve e a cidade de El Chaltén, aos seus pés, nos proporcionou um final de tarde muito bonito.
Essa cidade só funciona no verão, quando é alta temporada e os viajantes chegam em El Chaltén em busca de treckings e escaladas.
Suas montanhas atraem montanhistas do mundo todo fascinados pelas paredes de rocha e gelo.
As montanhas mais procuradas da região são o Cerro Fitz Roy e o Cerro Torre, considerado por muitos a montanha mais difícil do mundo.
Por outro lado, no inverno, o frio é de rachar e sua população fica reduzida a aproximadamente 500 habitantes, fazendo-a parecer uma cidade fantasma.
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